Diário da superação

Para superar um relacionamento, as recomendações são várias. Mas nem todas evitam a sofrência. Um novo estudo pode ajudar. Para reparar o coração partido, escreva a respeito do relacionamento.

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Uma viagem, uma dieta radical, uma bolsa nova.

Existem várias maneiras de superar o fim de um romance.

Ou ao menos tentar.

Agora, a ciência pode ajudar a aliviar o peso deste sentimento.

Praticar a narrativa escrita melhora a frequência cardíaca e a resposta do coração ao estresse.

É o que revela um estudo da Universidade do Arizona (Estados Unidos).

Nele foram avaliados 109 adultos (70 mulheres e 39 homens), todos recé-separados.

Os participantes tiveram que fazer exercícios de escrita, em três ocasiões ao longo de vários dias.

Um grupo realizou uma tarefa de escrita expressiva tradicional.

As instruções recomendavam escrever livremente sobre suas “emoções mais fortes e profundas”.

Outro grupo realizou uma escrita narrativa.

Aqui tiveram que criar um enredo coerente e organizado de sua experiência de separação.

O terceiro grupo recebeu uma tarefa de escrita emocionalmente neutra.

Os indicadores das respostas cardiovasculares do corpo ao estresse foram comparados antes e depois.

Como resultado, quem fez o exercício de escrita narrativa teve redução na frequência cardíaca.

E um aumento da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC).

Uma VFC maior reflete melhores reações do sistema nervoso parassimpático a estímulos, incluindo o estresse.

E a separação é um evento dos mais estressantes.

Tanto que está ligado ao aumento do risco de declínio da saúde física e mental a longo prazo.

Escrever sobre o que aconteceu pode ser uma maneira de reduzir o impacto do fim do relacionamento.

“A capacidade de criar uma narrativa estruturada – não apenas revivendo emoções, mas fazendo sentido a partir delas – permite processar os sentimentos de forma mais adaptável”.

A explicação é de um dos autores, Dr. Kyle J. Bourassa.

“O que pode, por sua vez, ajudar a melhorar sua saúde cardiovascular”.

O estudo foi publicado no periódico científico Psychosomatic Medicine: Journal of Biobehavioral Medicine.

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