A desorientação dos rótulos

A desorientação dos rótulos

Sem glúten, sem lactose, sem isso, sem aquilo. Ao seguir a moda, há quem guie sua nutrição pelo que dizem os rótulos. Para entender nossa percepção do que é saudável, estudo cria embalagens fictícias. Veja o que descobriram.

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Em dois anos, somente nos Estados Unidos, houve um aumento de 68% na oferta de produtos “gluten free”.

Sabemos que os produtos na prateleira e sua comunicação influenciam nossos hábitos alimentares.

Mas entender como ste mecanismo inconsciente funciona é um dos novos desafios dos cientistas.

Para determinar o quanto as informações de um rótulo altera a percepção do que é saudável ou não, um estudo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics revela uma experiência interessante.

No estudo, 256 pessoas tiveram que responder a uma pesquisa.

Nela, os voluntários deveriam apontar qual imagem representava o alimento mais saudável, dentre duas fotos apresentadas.

Em uma delas, o rótulo do produto indicava que ele era “MUI-free”, ou seja, que não continha MUI (uma substância fictícia, criada apenas para o estudo).

Na outra, o produto retratado foi identifiado como “gluten free” – livre de glúten.

Como resultado, 21,9% indicaram que o produto sem MUI era o mais saudável, enquanto que o sem glúten foi o prferido de 25,5%.

A conclusão foi a de que produtos identificados como sendo livres de alguma substância geram percepção favorável quanto a serem mais saudáveis, em comparação a outros que simplesmente não dizem nada.

Isso acontece mesmo entre pessoas que não têm alergias alimentares, grupo que, por razões óbvias, normalmente está mais atento à formula dos produtos.

Aparentemente, a influência da mídia neste sentido é preponderante.

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