Desfile de limites

A exibição de corpos irreais aumenta traumas e desordens alimentares, levando a danos à saúde de milhares de pessoas. Por este motivo, lei aprovada na terra da moda proíbe o desfile da magreza excessiva.

Leia mais:

Paradoxo da obesidade – Quem come bem faz compensações perigosas
A hora extra da balança – Lutar contra o sono é convite para acumular peso

Já vimos que, segundo estudo americano, a vergonha do próprio corpo pode estar deixando as mulheres doentes de verdade.

Aparentemente, a inadequação social, provocada pela autocobrança de estar sempre bela e em forma, acaba por afetar a saúde das mulheres.

Para tentar mitigar o problema, legisladores franceses aprovaram lei que prevê multas pesadas a quem contratar modelos fora do “peso saudável”.

Todo desfile ou ensaio fotográfico precisa apresentar atestados emitidos por médico ou nutricionista responsável para cada profissional contratado.

Caso contrário, a pena são 81 mil euros de multa e seis meses de prisão.

A lei também exige que os anúncios com modelos cujos corpos foram alterados via software de manipulação de imagem (Photoshop) apresente o rótulo de “fotografia alterada”.

Neste caso, os infratores devem encarar uma multa de 40 mil euros ou até 30% das despesas de propaganda relacionadas.

Imagens do corpo idolatrando a magreza excessiva ou perda de massa e curvas estigmatizantes, contribuem inegavelmente para infelicidade.

A aparência de algumas modelos ajuda a espalhar estereótipos potencialmente perigosos para pessoas fragilizadas.

Sabemos que é só o começo.

Mas isso nos enche de esperança de que seja possível que novas gerações deixem de sonhar em ser bonecas quando crescerem e aceitem-se como são.

Tags: , , ,