Derrota do exagero
Categoria: Nutra-se
O Instituto do Sal, voz da indústria alimentícia desde 1914, sempre sabotou os esforços oficiais para limitar o consumo de sal. Agora, está fechando as portas. O que isso significa?
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Questionamos constantemente o conteúdo de sal na comida.
O objetivo é fugir da pressão alta que o sódio a mais nos causa.
Mas usar menos sal implica em custos para a indústria de alimentos.
Que, para evitar gastos, resolveu questionar que o sal leve a problemas de saúde.
Para isso, criou e manteve o Instituto do Sal nos Estados Unidos.
Acontece que a instituição está sendo encerrada, após 105 anos.
O site foi descontinuado e ninguém mais fala pela entidade.
Fica evidente que as empresas que a financiavam não se interessam mais neste tipo de pressão.
O Instituto advogava o consumo diário de 5.000 mg de sódio como seguro para uma pessoa.
Para as pessoas saudáveis, a dose máxima de sal recomendada é 5 gramas por dia (2.000 mg de sódio).
A indicação é do Ministério da Saúde do Brasil.
Os brasileiros, no entanto, consumimos cerca de 10 gramas/dia, simplesmente o dobro.
Cientistas e nutricionistas festejam o fato.
Como Michael Jacobson, chefe do Center for Science in the Public Interest – leia aqui.
Com o fechamento do Instituto do Sal, o ingrediente não tem mais um defensor público.
Logo quando se rediscute seus níveis adequados de consumo.
Nos Estados Unidos, começa-se a debater as Diretrizes Dietéticas de 2020.
Suas resoluções devem ter repercussões globais.
Sem oposição, consumidores e médicos farão lobby para que o nível de sódio siga sendo reduzido.
Esta pressão sobre a indústria é muito importante.
70% do sódio ingerido na dieta do brasileiro médio vem dos alimentos industrializados.
De forma que não podemos ver se estamos ou não excedendo limites.
Em resposta aos novos tempos, a indústria se posiciona, com produtos com menos sódio.
E investe em inovação, para substituir o sódio com alternativas naturais – veja aqui.
De nossa parte, podemos controlar o que consumimos em casa.
Para pegar leve no sal, eu conto com as ervas aromáticas.
Veja como preparar suas próprias versões desidratadas, em poucos minutos – clique aqui.
Tags: alimentos processados, excesso de sal, governo, hipertensão, inovação, Lucilia Diniz, sódio,
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