Decifrando a cara da riqueza
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Está tão na cara assim? Surpreendente estudo da Universidade de Toronto revela como a expressão facial, em especial a neutra, pode revelar seu status econômico.
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Sorria.
Ou algum mal entendido pode fazer você ser erroneamente julgada pelas linhas faciais.
Em novo estudo, a Universidade de Toronto (Canadá) investigou as primeiras impressões.
Para isso foi feito um teste, no qual os voluntários observaram fotos de diversos rostos.
Todos estavam com a expressão “neutra”, sem esboçar sentimentos.
À primeira vista, as pessoas se mostraram capazes em dizer se alguém era mais “rico” ou “pobre” do que elas.
E isso tem implicações em suas chances de conseguir um emprego ou fechar um negócio, por exemplo.
“Com o tempo, seu rosto passa a refletir e revelar suas experiências”.
A explicação é de um dos autores, Dr. Nicholas Rule.
“Mesmo quando pensamos que não estamos expressando algo, as relíquias dessas emoções ainda estão lá”.
Mas o estudo também descobriu um detalhe.
A avaliação social, baseada em “instinto”, só foi possível quando os rostos mantiveram expressão neutra.
Ao sorrir, ou expressar qualquer emoção, as pistas faciais se perdem.
Então, o que acontece?
As pessoas não estão realmente conscientes de quais indícios estão usando quando julgam.
Mas é possível fazer a leitura dos sinais.
Sinais que são moldados pelos 43 músculos que formam as características do nosso rosto.
Se você está muito feliz, o sentimento deixa sua marca.
Já se estiver frustrada, desenvolve sulcos permanentes.
Pois somos todos programados para reconhecer estes códigos.
Essas marcas reveladoras já começam a ser gravadas no final da adolescência.
“Aos 18 a 22 anos já acumulamos experiência de vida suficiente para permitir julgar a posição socioeconômica”.
Qual a importância disso?
As pessoas geralmente equiparam os níveis gerais de felicidade com a riqueza.
E os rostos mais “ricos” tendem a ser melhor sucedidos em entrevistas de emprego, como revelou o estudo.
Sorrir pode mascarar as linhas do rosto.
Mas fica difícil sustentar em um ambiente corporativo e quando estamos sob escrutínio.
O problema é quando a própria pessoa acredita no prejulgamento que deveria ser alheio.
“Essas primeiras impressões podem se tornar uma espécie de profecia autorrealizável”.
“Isso irá influenciar suas interações e as oportunidades que você tem”.
Portanto, atenção às pistas que podem comprometer a primeira impressão.
O estudo foi publicado no Journal of Personality and Social Psychology.
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