De mãe para filha

Perguntar a idade de uma mulher é delicado. Ainda mais da mãe dela. Mas esta informação é crucial para revelar o alcance da nossa longevidade.

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O ditado costuma dizer “tal pai, tal filho”.

Mas mudar o parentesco para o gênero feminino pode ser mais preciso.

Ao menos quando se trata de longevidade.

A revelação vem de um estudo da Universidade da Califórnia em San Diego (Estados Unidos).

Nele, foram analisados dados médicos de 22 mil mulheres na menopausa.

Suas informações de saúde foram atualizadas anualmente desde 1983.

Como resultado, descobriu-se uma “herança benéfica”.

Mulheres cujas mães viveram até os 90 anos apresentaram mais chances de chegar à mesma idade.

A maioria também tinha nível universitário, era casada e registrava maior renda.

E se exercitava regularmente enquanto fazia uma dieta saudável.

“Os resultados mostram que essas mulheres não só viveram até os 90 anos”.

A declaração é de um dos autores do estudo, Dr. Alladin Shadyab.

“Mas também envelheceram bem, evitando doenças graves e deficiências”.

Os cientistas celebram não apenas a longevidade.

Essas mulheres são ou eram independentes e fazem ou fizeram atividades diárias sem limitações.

Comprovada a correlação, mais estudos são necessários para entender o motivo.

Até lá, pode-se apenas especular sobre a razão por trás disso, como a genética.

Diante do determinismo das leis universais,não há nada o que fazer?

A boa notícia é que o estudo aponta caminhos.

“Não podemos determinar nossos genes”, assim conclui o Dr. Shadyab.

“Mas nosso estudo mostra a importância de transmitir comportamentos saudáveis aos nossos filhos”.

Escolhas de estilo de vida podem determinar o envelhecimento saudável de geração para geração.

Como adotar uma dieta saudável e se exercitar mais.

O estudo foi publicado no periódico científico Age and Ageing.

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