A criatividade em novas cores

A criatividade em novas cores

Reviravolta na já bastante estudada ciência das cores. Novo estudo australiano afirma que, para estimular a criatividade, sai o azul e entram o vermelho e o amarelo. E quanto mais vibrantes, melhor.

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Até recentemente, a cor azul era tida como indutora de pensamentos e atos criativos.

Agora, contrariando a preferência dos estudantes, um estudo afirma que ambientes com cores mais vivas podem melhorar o nível de concentração.

A pesquisa foi feita pela Curtin University (Austrália).

Em testes, estudantes voluntários deveriam ler trecho de um texto e responder questões de múltipla escolha adaptado de vestibular.

Eles realizaram esta rotina em seis ambientes distintos, pintados com cores diferentes.

Os quartos estavam pintados com tons suaves ou mais vívidos de azul, amarelo e vermelho.

Segundo um dos autores do estudo, Dra. Aseel Al-Ayash, “cores brilhantes podem ajudar os estudantes ao influenciar positivamente seus estados físico e psicológico”.

Inúmeros estudos anteriores haviam indicado que as cores vermelho e amarelo são mais estimulantes que verde ou azul.

Por exemplo, a pulsação de estudantes aumentou quando expostos às cores vermelha e amarela, enquanto diminuíram com na presença do azul.

Ironicamente, dois terços dos participantes da pesquisa australiana relataram desconforto quando estiveram no ambiente pintado de vermelho brilhante.

Eles associaram a cor à depressão, distúrbio e perigo.

Mas, devido ao resultado dos testes que realizaram neste quarto, talvez um pouco do relatado desconforto seja bem-vindo.

Para a Dra. Al-Ayash, “em geral os participantes acreditam que as cores pálidas e claras sejam mais adequadas para ambientes de aprendizado, por serem consideradas mais calmas e relaxantes”.

Entretanto, estes aspectos de calmaria e relaxamento podem não ajudar a nos manter alertas e ativos.

“Eles (os estudantes) tiveram melhor performance nas condições de cores vívidas, porque estas cores têm propriedades que estimulam a atividade neural” – em entrevista ao jornal Daily Mail.

Contando com este efeito, os cientistas apontam os benefícios ao aprendizado que condições sob o vermelho brilhante podem proporcionar.

Claro que não é o caso de pintar escolas e agências de publicidade inteiras com o pigmento, porque o estímulo precisa ser “desligado” em algum momento.

Por isso outros especialistas devem entrar neste diálogo, como decoradores, arquitetos e artistas.

Esta colaboração poderia viabilizar a condição por iluminação ou mobiliário e outros elementos que garantam o estímulo quando for necessário.

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