Cores nos rótulos educam consumo

A indústria de alimentos e os que lutam pelos direitos do consumidor se degladiam para chegar a um entendimento sobre os rótulos. Agora, estudo revela que modelo baseado no farol de trânsito é mais eficaz em orientar as boas escolhas.

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Imagine que você está finalizando seu pedido de delivery via app e, antes de concluir, nota que sua escolha está marcada com um farol vermelho, representando um alto conteúdo de calorias.

Você concluiria o pedido?

Uma nova pesquisa indica que não.

Quando o código de cores similar ao do farol de trânsito foi adotado em um cardápio online, o total dos pedidos passou a ter 10% menos calorias.

E o impacto positivo foi ainda maior entre os participantes acima do peso.

O estudo foi feito pela Perelman School of Medicine, da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Esta é a primeira avaliação científica do “efeito farol de trânsito” na rotulagem de calorias.

Neste sistema, a luz verde foi atribuída aos alimentos com baixas calorias.

Seguindo a lógica, a luz amarela correspondia ao conteúdo médio de calorias.

E a vermelha aos alimentos com altos níveis de energia – ou seja, “proibidos”.

Segundo o autor da pesquisa, Dr. Eric M. VanEpps, “a sinalização do conteúdo de calorias parece ser efetiva no ambiente online, onde os consumidores têm menos distrações”.

“E a simplicidade de entendimento faz o sistema ser mais efetivo que o padrão utilizado”.

Os resultados deste estudo contribuem para a pesquisa que examina o efeito dos rótulos no conumo de alimentos.

O FDA, órgão americano fiscalizador de medicamentos e alimentos, divulgou que em maio de 2017 começará a exigir que cardápios em restaurantes e serviços de delivery (inclusive online) informem a quantidade de calorias de cada item.

Aparentemente, esta seria uma boa oportunidade para utilizar o sistema de cores.

Observar os modelos adotados no maior mercado consumidor do mundo, também o país número um em casos de obesidade, nos ajuda a entender o que funciona, e sobre o que precisamos aprender mais.

O estudo foi publicado no periódico científico online Journal of Public Policy & Marketing.

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