Compulsão perigosa e irresistível

Compulsão perigosa e irresistível

Recebemos e-mail de estranhos e sabemos que não devemos clicar nos links suspeitos enviados. Mas estudo revela que uma em cada duas pessoas o fazem. Por que isso acontece?

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Sabemos que e-mails e mensagens eletrônicas de remetentes desconhecidos podem conter links perigosos.

E, mesmo assim, muita gente não resiste a clicar neles.

Diante deste intrigante fato, um estudo da Universidade de Erlangen-Nuremberg  (Alemanha) resolveu investigar o motivo.

Para isso, os cientistas conduziram dois experimentos, nos quais enviaram e-mails e mensagens via Facebook para 1.700 participantes.

Todas as mensagens foram assinadas com nomes falsos, utilizando um dos dez nomes mais comuns para a geração de cada destinatário.

O texto trazia um link, que deveria supostamente conduzir a uma página com imagens de uma festa ocorrida no fim de semana anterior.

Quem clicava neste link recebia a mensagem de que a página estava inacessível, artifício que permitiu registrar quantos acessos o link teve.

Em seguida, os participantes receberam um questionário.

Nele, os voluntários deveriam avaliar a sua própria consciência de segurança e responder sobre as razões do por que clicaram ou não no link.

No primeiro experimento, os pesquisadores abordaram os destinatários por seus primeiros nomes.

Na segundo, os destinatários não foram abordados pessoalmente, mas receberam informações mais específicas sobre a ocasião em que as fotos foram supostamente tiradas.

Para as mensagens via Facebook os pesquisadores criaram perfis com timeline e fotos de acesso público.

Também foram criados perfis com acesso restrito, sem fotos e um mínimo de informação.

Os resultados foram diferentes em cada experimento.

56% de quem recebeu e-mail e 38% de quem recebeu mensagem via Facebook no primeiro experimentos clicaram no link enviado.

No segundo experimento, 20% de quem recebeu e-mail e 42% de quem recebeu mensagem via Facebook clicaram no link.

O resultado geral surpreendeu os pesquisadores, já que 78% dos participantes responderam no questionário que sabiam do risco que corriam.

E apenas 20% do primeiro experimento e 16% do segundo disseram que clicaram no link recebido.

Entretanto, quando foram avaliados os cliques reais, a verdade foi que 45% e 25% respectivament clicaram no link.

Os pesquisadores acreditam que esta discrepância pode ter sido causada por mero esquecimento.

Quando perguntados por que clicaram no link, a maioria dos participantes alegou curiosidade sobre as fotos ou a identidade do remetente.

Outros disseram que conheciam alguém com o nome do remetente, ou tinha ido a uma festa na semana anterior em que havia pessoas que não conheciam.

Por outro lado, uma em cada duas pesos sue não clicaram no link disseram sue não o fizeram por não reconhecer o remetente.

Cinco por cento afirmaram que queriam proteger a privacidade do remetente ao não olhar para fotos que não foram feitas para eles.

Mas, o que é possível concluir a partir da experiência?

“Com planejamento e execução cuidadosa, qualquer um pode ser conduzido a clicar neste tipo de link, mesmo que só por curiosidade”, declarou a Dra. Zinaida Benenson, uma das auotoras do estudo.

“Não acredito que 100% de segurança seja possível”.

“No entanto, é necessária mais investigação para desenvolver formas de tornar os usuários, como funcionários de empresas, mais conscientes de tais ataques”.

E você, clima em links desconhecidos ou abstém-se do risco?

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