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Lucilia Diniz desmistifica o que significa viver bem a vida, por dentro e por fora.
Parece ironia, mas ver o corpo arredondar pode ser o resultado de um círculo – vicioso. Estudo prova como comer demais desliga os sensores de saciedade do cérebro, o que faz esquecer que comeu e desejar comer mais.
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Existem alguns fatores que levam ao sobrepeso e obesidade, como a genética e o sedentarismo.
Mas o mais conhecido é certamente comer em excesso.
O tema é encarado com muita indefinição, já que a noção do que seja moderado varia de pessoa para pessoa.
A verdade é que excessos cometidos à mesa de vez em quando são vistos com muita naturalidade.
A sensação é conhecida, principalmente nos almoços em família, quando é servido o seu prato favorito.
E daí você come até não aguentar mais, quando os sinais de saciedade a impedem de uma última mordida.
Este sentimento é provocado por vários hormônios, como a leptina, que afluem para o trato digestivo.
Entretanto, um estudo feito pela Thomas Jefferson University descobriu que comer demais pode interromper a sensibilidade a estes hormônios.
Em estudos anteriores, os pesquisadores observaram que o hormônio uroguanilina pode estar envolvido com o acúmulo de peso.
Nos experimentos feitos com cobaias, animais de peso normal revelaram o trânsito da uroguanilina até o cérebro, onde ajudou a produzir a sensação de saciedade.
Em animais obesos, entretanto, este sistema de sinais revelou-se falho.
Para entender melhor o mecanismo, o Dr. Scott Waldman e sua equipe realizaram novos experimentos, utilizando cobaias.
Quando os animais foram alimentados em excesso, os cientistas observaram a interrupção dos sinais da uroguanilina.
Ao analisar o intestino das cobaias, foi constatado que a uroguanilina não estava mais sendo secretada.
Seus cérebros ainda tinham os receptores do hormônio, que até aumentaram sua concentração.
Isso significa que a interrupção dos sinais foi causada pelo lado da uroguanilina, que deixou de ser produzida.
Quando os animais foram postos em dieta, a secreção do hormônio foi normalizada.
Com o intestino delgado das cobaias no microscópio, os cientistas descobriram a raiz do problema no retículo endoplasmático (RE), uma rede entre as células que é responsável por criar proteínas e hormônios.
Se o RE é submetido a um estresse, como quando comemos demais, ele para de funcionar.
Segundo o Dr. Waldman, o estudo mostra que calorias em excesso estressam as células do intestino delgado, que param de produzir uroguanilina, confundindo os sinais de saciedade.
“O que ainda não sabemos é quanto (alimento) é muito”.
“E qual sensor molecular é responsável por tomar a decisão (de interromper a produção do hormônio)”, concluiu o Dr. Waldman – como citado pelo site Science Daily.
“Nós não sabemos ainda se isso é importante no início do processo, ou mais tarde, e qual a representatividade do papel que ela desempenha”.
“Mas, em combinação com outras abordagens, a reposição hormonal de uroguanilina pode tornar-se um componente importante de terapia para reduzir a obesidade”.
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