Compromisso adiável

Se você é daquelas que acreditam piamente que o café da manhã é a refeição mais importante do dia, saiba que esta ideia está superada. Estudos recentes reescrevem a história. O que se acreditava como verdade absoluta mudou – mais uma vez.

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Enquanto os primeiros raios de sol aparecem no horizonte, o aroma do café que pinga pelo filtro toma conta da casa. Mas há quem não aprecie. E, por isso, sofrem com o julgamento alheio. As pessoas que não suportam comer nada tão cedo acabam sendo repreendidas por pular a “refeição mais importante do dia”.

Mas saiba que, se a pressa a fez perder o desjejum, não há nada de errado com isso.

Dois novos estudos levantam evidências de que o pão com manteiga ou a granola de todo dia não são tão importantes assim.

No primeiro deles, feito pela Universidade do Alabama (Estados Unidos), foram observados 309 voluntários, ao longo de quatro meses. Para quem comeu pela manhã ou manteve-se em jejum, não houve diferença na variação do peso.

Segundo uma das pesquisadoras, a professora Emily Dhurandhar, esta é uma prova de que o café da manhã é uma refeição como as outras, sem nada de especial.

Outra pesquisa, feita por acadêmicos britânicos da Universidade de Bath, descobriu que tanto o nível do colesterol como a taxa metabólica de pessoas que “pularam” o café da manhã por seis meses mantiveram-se inalterados.

Estes novos conhecimentos chegam para combater a ideia corrente de que não fazer a refeição leva a um consumo compensatório de calorias ao longo do dia, o que provocaria um aumento do peso.

Segundo outra pesquisa, feita pela Universidade de Cornell e divulgada em 2013, a verdade é que estas pessoas acabam comendo menos durante a jornada.

Penso assim: se não puder preparar aveia ou um prato de frutas, não comer nada pela manhã acaba sendo melhor que servir-se de sucrilhos açucarados.

Se para você não faz falta, dispense com altivez (e a consciência tranquila) os conselhos paranoicos que certamente irá receber.

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