Com que roupa?

Com que roupa?

Já queimamos o sutiã e, sempre que podemos, subimos no salto. Mas não tem jeito. Mulheres enfrentam não apenas seu próprio julgamento, mas toda uma sociedade, na hora de de se vestir.

O poder de uma imagem está em traduzir, de forma simples, o que está na imaginação das pessoas. Ou em sua cultura. A isso chamamos uma análise sociológica.

A imagem de que falamos, abaixo, foi criada pela estudante de design Rosea Lake. Para fazê-la, inspirou-se nas situações do cotidiano em que somos julgadas pelo comprimento de nossas roupas. Afinal, após tanto tempo sendo objetificadas, sabemos que as escolhas femininas se baseiam na imagem que fazem de nós, e do ambiente que frequentamos.

Sem muitas pretensões, a imagem foi postada no blog e rapidamente tornou-se viral. Imagina-se que seu sucesso seja por mostrar, de maneira simples, duas situações. A primeira são as leituras que devemos fazer das situações sociais para não sermos mal-interpretadas quanto a nossos objetivos. A segunda é sobre o preço que se paga quando erramos.

Enquanto nos esperam com o carro já ligado, é para transitar por séculos de cultura que demoramos um pouco mais em frente ao guarda-roupas. A responsabilidade é grande. Ainda mais quando temos, do outro lado do espelho, nossa própria crítica.

Com que roupa?A imagem polêmica de Rosea Lake: sociologia e design para explicar o que enfrentamos. Na “escala” vemos, de baixo para cima: “Matronal”, “Puritana”, “À moda antiga”, “Apropriado”, “Flertando”, “Aproxime-se”, “Provocativa”, “Pedindo por isso”, “Vadia” e “Puta”.

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