Colesterol alto sim, e daí?

Penso que não existam bons e maus alimentos. Interessa é que sejam consumidos com equilíbrio. O que existe, e muito, é a desinformação. Principalmente em relação aos alimentos que têm elevados índices de colesterol. Comer ou não comê-los: qual é a sua opção?

Para esclarecer, o colesterol é indispensável ao nosso organismo. Sua presença é necessária para construir e manter as membranas celulares. Nos alimentos, existe o chamado bom colesterol (HDL) e o mau colesterol (LDL). O problema está no equilíbrio dos dois em nosso corpo.

Entretanto, o que ingerimos é comida – e não nutrientes isolados. Por isso, ao olhar somente para o alto colesterol de alguns alimentos, não vemos que também possuem pouca gordura saturada e nenhuma gordura trans, estas sim mais associados ao risco cardiovascular.

Mais prejudicado pelo colesterol elevado, o coração tem muito a ganhar com o consumo de ovos, mariscos e moluscos. Isso graças à presença de vitaminas A, D, B12, B6, ácido fólico e ômega 3. Um relatório do governo australiano relata que os frutos do mar também contém selênio, co-enzima Q-10 e o aminoácido taurina, todos benéficos para o corpo. Ou seja, nas gorduras interessa bem mais a qualidade do que a quantidade.

O que deve ser evitado são alimentos que não equilibram benefícios com o tanto que fazem mal. Ou seja, se tem elevado valor calórico, grande quantidade de gordura saturada e de gordura trans, fuja! Claro que o consumo destes alimentos não deve ser exagerado. E o respeito ao histórico médico ou familiar é sempre prudente.

Eu adoro comer ostras. Acontece sempre que estou à beira-mar, ou em algum passeio de barco. Meu segredo é temperá-las com molho de raiz-forte. Afinal, comer bem não significa comer alimentos sem graça. Minha dica é que você coloque mais sabor no prato. Invista em especiarias e ervas, para deixar carnes magras grelhadas e pratos leves mais saborosos.

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