Ciência contra a sofrência

Os poetas, as canções, ninguém sabe nada. Mas a ciência pode ajudar. Estudo revela a maneira mais eficaz de superar o fim de um relacionamento.

Leia mais:

Juras e amor e cura – Brigas de casal machucam de verdade
Verdadeiro poder do amor – Segurar na mão do seu par já faz bem

Em assuntos amorosos, já demos ouvidos a muita gente.

Agora, chegou a vez de um estudo da Universidade de Missouri (Estados Unidos).

Nele, foi feito um experimento com pessoas que estiveram em um relacionamento por uma média de 2,5 anos.

Em comum, todos estavam com o coração partido.

Os voluntários fizeram quatro exercícios mentais.

O primeiro foi reavaliar negativamente o “ex”, lembrando de aspectos desfavoráveis, como um hábito irritante.

Com isso, a ideia foi suavizar o trauma.

O segundo foi a “reavaliação do amor”.

Nesta etapa, o grupo teve que ler e acreditar em declarações de conformidade.

Aqui, os voluntários foram orientados a ver seus sentimentos como normais.

No terceiro exercício eles tiveram que se distrair, pensando em outras coisas.

A distração pode ajudar a superar os pensamentos persistentes.

Em seguida, todos tiveram que ver uma foto do “ex”, com eletrodos monitorando a atividade cerebral.

Como resultado, todas as três estratégias diminuíram a resposta emocional.

Mas lembrar de aspectos negativos em relação ao “ex” revelou ser o método mais definitivo.

A distração, classificada como uma forma de esquiva, funciona, mas a curto prazo.

A “reavaliação do amor” também não surtiu efeito duradouro.

“Fazer uma lista das coisas negativas uma vez por dia até se sentir melhor pode ser eficaz”.

A dica é da autora do estudo, Dra. Sandra Langeslag.

“Embora este exercício faça sofrer, esse é um efeito que desaparece”.

A descoberta revela-se relevante diante das redes sociais, quando fotos de antigos namorados surgem com frequência.

“Todas as três estratégias podem tornar mais fácil lidar com encontros e lembretes do ex-parceiro na vida real e na internet”, diz Langeslag.

O estudo foi publicado no Journal of Experimental Psychology: General.

Tags: , , , ,