Ciclovias subterrâneas

Incentivo o uso da bicicleta não apenas pelos benefícios à saúde de cada um, mas também de olho na qualidade de vida nas cidades. Como neste quesito ainda temos muito o que aprender, é bom olhar os exemplos das grandes metrópoles, como Londres.

Como uma das primeiras metropoles do mundo, Londres possui uma extensa malha subterrâneas de túneis de metrô e galerias pluviais que hoje encontra-se desativada.

Um espaço que poderia ganhar vida e ser útil à cidade, se pudesse ser ocupado novamente.

Com esta ideia simples, o projeto The London Underline ganhou o primeiro lugar no concurso London Planning Awards, entregue pelo prefeito de Londres, Boris Johnson.

De autoria do escritório de design Gensler, sua proposta é utilizar túneis abandonados para a construção de modernas ciclovias subterrâneas, com espaços para convivência.

Além de ciclovias, o projeto propõe áreas de convivência

Com sua viabilização, pedestres, ciclistas, entregadores, prestadores de serviço e turistas podem se beneficiar com a mobilidade, a segurança e, inclusive, a proteção contra a chuva – tão caracterísica da capital inglesa.

Um dos túneis, que conecta os bairros de Holborn, data do início do séceulo 20 e foi lacrado ao final da década de 1980. Outro, entre Green Park e Charing Cross, está fechado desde os anos 1990.

O projeto é autossustentável, através da própria geração de energia para iluminação, captada em sua forma cinética por um piso inteligente.

Para sair do papel, faltam estudos de viabilidade, que envolvem questões como segurança do tráfego e das pessoas e, até, a viabilização de conectividade wi-fi.

Segundo Ian Mulcahey, um dos designers, o que não pode faltar é vontade de fazer, já que os túneis estão lá e, se o projeto não der certo, basta que sejam fechados novamente. Seu argumento é o de que vale a pena tentar.

Pensando no Brasil, onde os túneis de metrô são relativamente recentes, escassos e utilizados no limite de suas capacidades, é difícil esperar a execução de um projeto nestes moldes.

Entretanto, fica o exemplo em como a questão pode ser pensada (e resolvida) de modo criativo.

Confira no vídeo a seguir a apresentação do projeto (em inglês).