Chegou o supertomate

O tomate é rico em vitaminas A, B e C. Seguindo o alfabeto, cientistas conseguem transformar o fruto em robusta fonte de vitamina D.

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A vitamina D atua na saúde óssea, crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e em vários órgãos e sistemas, como o cardiovascular e o sistema nervoso central.

A vitamina D3 é a forma mais biodisponível de vitamina D e é produzida no corpo quando a pele é exposta à luz solar.

Entretanto, a maioria dos alimentos contém pouca vitamina D.

E as plantas geralmente são fontes muito pobres, complicando ainda mais seu aporte entre pessoas veganas e vegetarianas.

Neste sentido, há ainda um complicador a mais.

Atualmente, a maioria dos suplementos vêm da lanolina, que é extraída da lã de ovelhas.

Mas os cientistas parecem ter resolvido a questão, ao criar um “supertomate”.

O estudo foi feito pelo Centro John Innes, em Norwich (Inglaterra).

Nele, foi observado que, de forma natural, as folhas do tomateiro contêm um dos blocos de construção da vitamina D3, chamado 7-DHC.

A equipe de pesquisa então usou a tecnologia genética CRISPR-Cas9 para fazer o D3 se acumular também nos frutos do tomate.

Como resultado, foi obtido um tomate capaz de atender a 20% da necessidade humana diária de vitamina D3, com teor do nutriente equivalente a dois ovos médios ou 28 gramas de atum.

Segundo os cientistas, o sabor é o mesmo.

Mas, por enquanto, devemos esperar para a novidade chegar ao mercado.

De todo modo, a notícia é muito bem-vinda.

Afinal, estima-se que 1 bilhão de pessoas sofram com deficiência de vitamina D em todo o mundo, o que leva a uma infinidade de condições crônicas.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Plants.

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