Carboidratos e algo mais

Arroz é um carboidrato simples e nada mais. Isso está para mudar. Novo grão tem muito mais proteína, cozinha mais rápido e pode se tornar o alimento completo que o mundo precisa.

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Mais de 750 milhões de pessoas no mundo não recebem nutrientes suficientes de seus alimentos.

Mais de dois terços dessas pessoas vivem em lugares em que se consome muito arroz.

O arroz produzido com proteína extra pode ser a resposta?

A resposta é afirmativa, graças a estudo da Universidade Estadual da Louisiana (Estados Unidos).

Nele, foi desenvolvida uma linha de arroz de alta proteína, através de um processo tradicional de reprodução.

Como resultado, o grão tem um teor de proteína de 10,6%, em média.

Trata-se de um aumento de até 53%, em relação ao teor original de proteína do alimento.

A nova espécie também precisa de menos calor, tempo e água para cozinhar.

Além de ser consumido puro, o novo arroz pode ser usado como ingrediente em alimentos elaborados para entregar maior nutrição.

Diferentemente de outras inovações, por esta não será necessário esperar mais.

O produto é atualmente comercializado em Illinois como arroz “cahokia”.

Mas ainda não é viável para zerar a fome no mundo.

O cultivo de uma cultura com mais nutrientes, como proteínas, pode reduzir o rendimento.

Atualmente, os pesquisadores testam uma nova linha avançada, com maior rendimento.

Os testes incluem aferir exatamente como as farinhas deste arroz são diferentes das outras do mesmo grão – sem glúten.

Aí está um mercado milionário, onde o interesse em produtos sem glúten continua a crescer.

A inovação representa outra oportunidade para os produtores de arroz darem às pessoas o que estão procurando.

Há, como defendido em primeiro lugar, o aspecto humanitário, é claro.

“Existem centenas de milhões de pessoas em todo o mundo que dependem do arroz e o comem três vezes ao dia, mas seu acesso à proteína é muito limitado pela disponibilidade e custo”.

A explicação é de Herry Utomo, um dos autores do estudo.

“O arroz com alto teor de proteína pode ser usado para ajudar a resolver o problema em questões sociais, culturais e econômicas”.

Os pesquisadores esperam que essas novas linhas possam ser compradas e cultivadas por mais agricultores.

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