Canadá lança novo guia alimentar

Foi divulgado o novo guia alimentar do Canadá. E já está causando. O documento é um afastamento drástico das orientações alimentares do passado, sendo leal à ciência, não à indústria.

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A imagem que temos dos canadenses é a de um povo robusto e bem alimentado.

Por muito tempo, isso correspondeu à verdade.

Agora, o governo daquele país está atualizando suas recomendações alimentares oficiais.

O resultado é o novo Canada’s Food Guide – veja aqui.

O documento começou a ser publicado em 1942.

De lá para cá, algumas revisões foram feitas, mas a guinada atual surpreende.

Exatamente por distanciar-se do que afirmava em passado recente.

Desta vez, os autores se recusaram a usar estudos pagos pela indústria.

Por isso, o resultado difere drasticamente dos anteriores.

No quesito hidratação, entra a água como bebida principal.

E orienta-se reduzir sucos e achocolatados, para reduzir a ingestão de açúcar.

Durante décadas, leites aromatizados foram dados a crianças como estímulo para consumir laticínios.

Hoje sabe-se que o açúcar presente nesta categoria supera qualquer benefício nutricional.

Outra radicalidade foi recomendar a troca, quando possível, de carnes vermelhas por proteínas vegetais.

Produtores locais protestaram por temer efeitos negativos na saúde da população a longo prazo.

Na primeira parte, o guia foca nas proporções do que comemos.

Para isso, resumiu a lição na imagem de um prato (a seguir).

Nele vemos vegetais ocupando 50% da superfície.

25% são cobertos com proteínas (animais e/ou vegetais).

E 25% trazem carboidratos integrais (pão integral, arroz selvagem, quinoa).

Já vimos a orientação britânica, que é bem parecida – veja aqui.

Na segunda parte, aparecem os alimentos que devem ser minimizados ou evitados.

Aí estão bebidas açucaradas e doces, álcool, excesso de sódio e gordura saturada.

A terceira seção encoraja os canadenses a pensar sobre como comem.

Neste sentido, aconselha-os a comer mais alimentos feitos em casa.

Atualmente, 30% dos gastos com alimentação naquele país vão em refeições já preparadas.

Os pais são instados a transferir habilidades alimentares para os filhos.

São também citadas mudanças nos currículos escolares para incluir lições de culinária.

O guia aconselha, ainda, leitura cuidadosa de rótulos e ceticismo sobre o marketing de alimentos.

E um bem-vindo esforço para reduzir o desperdício.

A abordagem simplifica a mensagem.

Se adotados estes preceitos pelas instituições em todos os níveis, a expectativa é de melhora na saúde pública.

No geral, orgulha constatar que orientações similares já haviam sido adotadas no Brasil.

Sim: pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, de 2014.

Entre elas comer com atenção e comer em companhia – veja mais aqui.

Fácil de entender: 50% vegetais, 25% proteínas e 25% carboidratos integrais

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