Batendo o ponto com a saúde

Para ser feliz é preciso largar tudo? Na verdade, não. Estudo da Universidade Simon Fraser revela que é normal e muito saudável ser workaholic se a pessoa ama seu trabalho.

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Escolha um trabalho que ame e nunca terá que trabalhar um dia na vida.

Esta frase de Confúcio nos ajuda a ver como a questão é encarada.

Para a maioria, encarar a labuta é um sacrifício.

Neste pensamento, goza de boa saúde quem se esfalfa menos.

O próprio termo “workaholic” faz pensar em quem gosta de trabalhar como alguém com problemas.

Mas e quanto a quem não se sente assim?

Se você adora encarar longas horas de trabalho e isso a faz feliz e saudável, saiba que é normal.

E muito saudável.

É o que afirma um novo estudo da Universidade Simon Fraser (Canadá).

A revelação é polêmica.

Afinal, pesquisas anteriores já relataram que quem trabalha muito sofre de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (DDA).

E têm um alto risco de depressão e podem sofrer problemas cardiovasculares e insônia.

“Engajamento é a chave”.

A explicação vem de uma das autoras, Dra. Lieke ten Brummelhuis.

Para ela, há aqueles cuja propensão ao trabalho e à incapacidade de parar após várias horas decorre da absorção nos desafios que apresenta o trabalho.

Ou seja, o engajamento.

E outros para quem todo esse excesso resulta, por exemplo, em ansiedade ou ambição obsessiva.

Entre os dois tipos, existe uma grande diferença de atitude.

Sem prejuízo à saúde dos que integram o primeiro time, como se pensava.

Para chegar a esta conclusão, foi feito um experimento com 1.277 voluntários.

Todos eram profissionais do mercado de capitais.

Os pesquisadores cruzaram dados das horas trabalhadas com seus marcadores vitais.

O procedimento buscou identificar fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes.

Como resultado, por si só, o trabalho de longas horas não indicou que alguém sofreria sintomas físicos relacionados ao estresse.

Como dores de cabeça ou distúrbios do estômago.

Ou os fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes.

Na verdade, seus fatores de risco eram menores do que os não-workaholics.

Trabalhar compulsivamente em algo que se ama revela-se um benefício surpreendente para a saúde.

O estudo foi publicado na revista Academy of Management Discoveries.

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