Após a Coca Cola

Seu investimento no mercado da cannabis ganhou as manchetes. Mas passou despercebido outro movimento da gigante. A Coca Cola se prepara para o próprio fim?

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Seu logotipo é reconhecido em qualquer lugar do mundo.

E isso desde 1886.

Mas, uma hora, as coisas teriam que mudar – e estão mudando.

Nova recomendação da OMS propõe consumo máximo diário de açúcar de 25 gramas.

Pois uma lata do refrigerante tem 37 gramas – veja aqui.

Diante da epidemia de obesidade, aumentou a percepção do risco deste excesso.

E as campanhas frequentes por um estilo de vida mais saudável completam o quadro.

Como consequência, as vendas de Coca Cola têm sofrido declínio global.

Bem como as ações da companhia.

Por isso, a própria empresa planeja o futuro além de seu principal produto.

Sinaliza este rumo a aquisição da propriedade plena da marca australiana MOJO.

Trata-se da campeã de vendas de kombucha naquele país.

Kombucha é uma bebida probiótica feita de chá preto fermentado naturalmente.

Ela contém várias espécies de leveduras e bactérias, ácidos orgânicos, enzimas ativas, aminoácidos e polifenóis.

Seu uso frequente proporciona benefícios funcionais, como a saúde intestinal.

A popularização veio quando passou a ser saborizada com frutas.

Seu “boom” criou um nicho crescente dentro da área de bebidas.

Tudo começou em 2010, a partir de produção caseira pela Organic & Raw Trading Co.

Sua compra terá um papel importante nos rumos da The Coca Cola Company.

E vai ajudar a cumprir o compromisso de reduzir o açúcar em 20% até 2025, assumido pela companhia.

As aquisições recentes ainda incluem a rede europeia de cafeterias Costa.

E uma participação na marca de isotônicos Bodyarmor, terceira do mercado americano.

Isso porque já possui a PowerAde, a segunda colocada.

O novo posicionamento é vital para o crescimento da Coca Cola.

Quase 96% dos lançamentos globais recentes foram posicionados em uma plataforma de saúde de algum tipo.

O movimento reafirma a tendência dos alimentos fermentados.

Ainda estamos no início de uma maior investigação sobre seu papel na alimentação.

E sobre seu efeito no microbioma intestinal e na saúde humana.

O interesse do consumidor vai impulsionar mais pesquisas e aumentar a disponibilidade na categoria.

Por enquanto, vá se acostumando com a ideia de um dia dar adeus à sua Coca Cola.

Este parece ser mais um dos “sabores envelhecidos” – leia mais aqui.

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