Aplicativo de desencontros

As pessoas usam apps de namoro buscando viver emoções. Mas a maior probabilidade é de um grande desencontro. Estudo alerta como rejeições testam os limites da autoestima.

Leia mais:

Cotação dos matches – Tinder não serve só para encontrar alguém
O amor nos tempos do wi-fi – Em qualquer meio, o importante é praticar

A tecnologia revolucionou a maneira como conhecemos pessoas.

Tanto profissionalmente como por outros interesses.

Entre estes, o interesse romântico, que nem precisa ser assim tão sério.

Afinal, basta deslizar o dedo no celular para achar pretendentes.

Este hábito é conhecido pelo nome em inglês, “swiping”.

Mas tal conveniência pode levar a experiência para o outro lado.

Apps de namoro podem fazer com que as pessoas se sintam mais inseguras sobre sua aparência.

E até se tornarem deprimidas.

É como explica um estudo da Universidade do Norte do Texas (Estados Unidos).

Pense em selecionar o perfil de alguém, mas não receber retribuição ou mensagem.

Sem resposta, a pessoa pode facilmente acabar se sentindo rejeitada.

Rejeição dói – e não apenas emocionalmente.

Quando há dor física, a região do cérebro ativada (ínsula anterior) é a mesma de quando sentimos rejeição.

A partir daí, entra-se em uma espiral.

Com a autoestima ferida, a tendência é procurar a falha em si mesmo.

E com autocríticas cada vez mais fortes.

Fazer isso é emocionalmente insalubre e psicologicamente autodestrutivo.

Nele, foram comparados 100 usuários do Tinder com mais de mil não usuários.

O objetivo foi examinar o efeito do app sobre o bem-estar psicossocial.

Os homens avaliaram sua satisfação com o próprio corpo.

E deram notas para “muscularidade dos braços”, “magreza do estômago” e forma geral.

As mulheres classificaram sete partes do corpo e quatro do rosto.

Como resultado, todos estavam menos satisfeitos consigo mesmos.

Registraram sentir mais vergonha do corpo.

E maior probabilidade de comparar sua aparência com a dos outros.

O estudo, assinado por Jessica Strubel e Trent Petrieb, foi inteligentemente chamado “Love me Tinder”.

E publicado na revista científica Body Image.

Tags: , , , , , ,