Amendoim sem alergia

Amendoim sem alergia

Amendoim é um dos alimentos mais populares do mundo. Infelizmente, milhões de pessoas são alérgicas e correm risco constante, já que o ingrediente está em inúmeras receitas – muitas vezes, sem aviso. Graças à ciência, em breve todos poderão comer o petisco sem preocupação.

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Um novo método de retirar os alergênicos de amendoins significa segurança alimentar para cerca de 2,8 milhões de pessoas, somente nos Estados Unidos.

Pesquisa da Universidade da Carolina do Norte conseguiu eliminar entre 98% e 100% dos alergênicos de amendoins, ao focar em algumas proteínas da leguminosa que podem disparar a anafilaxia, uma reação alérgica grave que ocorre em todo o corpo. Os sintomas incluem dificuldade em respirar; inchaço da língua, olhos e rosto; dor no estômago; inflamação da pele e, em casos extremos, até a morte.

A pesquisa recebe apoio financeiro do governo americano, através do Instituto Nacional de Alimentação e Agricultura. Naquele país, amendoins constituem um risco para cerca de 0,9% da população, incluindo 400 mil crianças em idade escolar. Mas a ameaça não evita o consumo. Americanos devoram em média 2,7 quilos/ano de amendoins ou derivados – a metade em manteiga de amendoim.

O processo utilizado trata os amendoins (inteiros, em pedaços ou em farinha) com enzimas que quebram estas proteínas, criando um produto hipoalergênico, sem alterar as características do alimento. Muito menos seu sabor. E não para por aí. Aparentemente, a mesma técnica pode ser aplicada ao trigo e nozes.

No Brasil, a alergia ao amendoim é rara. O argumento é o de que, por ser altamente miscigenada e acostumada a consumir leguminosas de vários tipos, nossa população dispõe de anticorpos que geram imunidade. Entretanto, a possibilidade de encontrar um produto livre de riscos, através de um processo que não interfira no meio ambiente nem no sabor, é bem melhor.

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