Alimento para a mente

Estudo japonês revela que mais fibra na dieta leva a um menor declínio cognitivo. Uma descoberta que comprova as interações entre o intestino e o cérebro.

Leia mais:

Nutrição e fake news – Qualidade de informação faz falta na mesa
Reeducação alimentar – Conheça o cardápio que mudou a minha vida

Quem come mais fibras tem risco reduzido de desenvolver demência.

É o que revela um estudo da Universidade de Tsukuba (Japão).

Nele, foram analisados dados de mais de 3.500 adultos japoneses.

Suas dietas e o estado de saúde mental foram acompanhados por dois longos períodos, entre 1985 e 1999 (14 anos) e entre 1999 e 2020 (21 anos).

Como resultado, aqueles que ingeriram níveis mais altos de fibra tiveram um risco menor de desenvolver demência.

As fibras solúveis, encontradas em alimentos como aveia e leguminosas, foram mais benéficas.

Mas, por que isso acontece?

“Os mecanismos são atualmente desconhecidos, mas podem envolver as interações que ocorrem entre o intestino e o cérebro”.

A explicação é de um dos autores, professor Kazumasa Yamagishi.

Aparentemente, fibras solúveis regulam a composição do microbioma, o que pode afetar a neuroinflamação, que desempenha um papel no início da demência.

Também é possível que a fibra alimentar possa reduzir outros fatores de risco, como peso corporal, sangue pressão arterial, lipídios e níveis de glicose.

O trabalho ainda está em estágio inicial, mas aponta caminhos.

Ao incentivar hábitos alimentares saudáveis com alto teor de fibra alimentar, pode ser possível fortalecer a saúde mental através de uma intervenção simples, como a nutrição.

O estudo foi publicado na revista científica Nutritional Neuroscience.

Para aumentar o consumo destes alimentos, veja minha receita de barrinha de cereais – clique aqui.

Tags: , , ,