Algas contra o peso extra

Algas contra peso extra

Uma bala de algas para combater a obesidade? Cientistas portugueses coordenam um projeto internacional que estuda o potencial das plantas marinhas contra o excesso de peso e suas consequências.

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Diversos medicamentos têm sido produzidos para tratar ou prevenir a obesidade.

No entanto, muitos apresentam efeitos colaterais perigosos.

Por este motivo, há uma busca por compostos anti-obesogênicos de origem natural.

Em Portugal, a pesquisa aponta que a saída pode estar no mar.

Especificamente nas cianobactérias.

Estes micro-organismos são conhecidos como “microalgas azuis”.

Presentes no mundo aquático doce e também no marinho, fazem a fotossíntese.

Há bilhões de anos, cianobactérias foram as responsáveis pelo aparecimento do oxigênio na atmosfera.

Em testes, estes seres revelaram potencial em reduzir a obesidade.

Ou melhorar o metabolismo em pacientes com a doença.

Por este motivo, a eles se dedica o Projeto Cyanobesity.

A iniciativa é conduzida pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR).

A instituição está ligada à Universidade do Porto.

O objetivo é desenvolver compostos “nutracêuticos” que reduzam os níveis de colesterol, triglicerídeos e glucose no sangue.

A expectativa é que tenhamos produtos enriquecidos com estes compostos, como balas, por exemplo.

“Visamos encontrarmos aqui a melhor ajuda para as pessoas obesas reduzirem os níveis de colesterol, lípidos e gordura”.

A declaração é de um dos cientistas, Dr. Ralph Urbatzka.

Como?

Com redução dos níveis de glucose no sangue, fígado gordo, apetite e hiperlipemia, através do uso das cianobactérias.

O projeto espera apresentar resultados nos próximos três anos.

Para isso, conta com um orçamento de 1,3 milhões de euros.

E também a valiosa ajuda de instituições da Suécia, Alemanha e Islândia.

Esta é mais uma pesquisa portuguesa que explora o potencial das plantas marinhas.

Já vimos como o país estuda reduzir o sódio dos alimentos com o uso de algas – veja mais aqui.

Com oito mil quilômetros de litoral, deveríamos seguir o exemplo dos patrícios.

algas

O projeto vai testar, pelo menos, 50 estirpes de cianobactérias que existem em Portugal

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