A lição da popularidade

Você tinha muitos amigos na escola? Estudo revela como isso importa – para o futuro. O quão popular você foi afeta a felicidade e o sucesso, a saúde e os relacionamentos pessoais anos depois.

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Adolescentes populares na escola têm maiores chance de sucesso financeiro na fase adulta.

E não apenas isso.

Pessoas assim também têm mais saúde e amizades mais estreitas.

É o que afirma o neurocientista americano Mitch Prinstein.

Ele é professor na Universidade da Carolina do Norte (Estados Unidos).

E também é o autor do livro “Popular – O poder de ser aceito em um mundo obcecado pelo status”.

O contrário da popularidade nesta faixa etária assusta.

Aqueles que se sentem mais abaixo na hierarquia social na escola encaram maior risco de abuso de substâncias, obesidade, ansiedade e depressão.

Chega?

Tem mais.

Eles também experimentam mais problemas no trabalho, comportamento criminoso, lesão, doença – e até suicídio.
A questão influencia mais que a própria inteligência e o apoio da família.

Isso ocorre por uma mudança que ocorre na maneira em que o cérebro se conecta.

E afeta nossas percepções sociais, emoções e como nossos corpos respondem ao estresse.

Por incrível que pareça, a hora do recreio ecoa por toda a vida.

“Mesmo como adultos, todos nós ainda lembramos exatamente onde estávamos na hierarquia social do ensino médio e as poderosas emoções associadas ao nosso status persistem décadas depois”.

De muitas maneiras – alguns até além de nossa consciência – as antigas dinâmicas da juventude continuam em ação.

Em todas as reuniões de negócios, todos os encontros sociais, nossas relações pessoais e até mesmo como criamos nossos filhos.

“A popularidade afeta até nosso DNA, a saúde e a mortalidade de maneiras fascinantes que nunca antes percebemos”.

É durante a adolescência que deixamos de pensar como crianças e começamos a formar a consciência do que outras pessoas pensam de nós.

As memórias que formamos podem “prejudicar” o que fazemos mais tarde.

E a maneira como vemos e pensamos a vida.

É o que os psicólogos chamam de “processamento de informações sociais”.

A teoria é que nossas reações a situações sociais são decisões automáticas que ocorrem imediatamente dentro de segundos de uma interação.

Estudos mostram que uma parte-chave do cérebro (o corpo estriado ventral) é ativada durante uma interação social.

Este é um acesso do centro de recompensas do cérebro, que desempenha um papel importante em nos fazer sentir bem.

“A partir da adolescência, o estriado ventral torna-se especialmente ativado quando experimentamos recompensas de natureza social”.

Uma das principais funções é fazer com que nos preocupemos com o status.

“O corpo estriado ventral está entre as primeiras partes do cérebro a mudar na puberdade”.

Então, os menos populares estão fadados ao fracasso?

Nada disso.

“Se não tivemos as experiências sociais mais positivas na escola, todos nós possuímos capacidade para recuperar o controle ou começar de novo quando adultos”.

Sim, somos senhores e senhoras de nosso destino.

É por isso que nem sempre as pessoas convencionalmente populares são as melhores entre nós.

Portanto, pensando no que foi apresentado, há a probabilidade.

E há o que fazemos a respeito.

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