Quando a fila é “fake”

Você escolhe onde jantar pelo tamanho da fila na porta? Quem adota este critério vai ficar surpreso em saber da novidade. Para “bombar” os restaurantes, app organiza e paga pessoas para formar filas falsas.

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Aí está um estranho índice de qualidade dos endereços gastronômicos.

Se há fila na porta do restaurante, significa que será necessário esperar por uma mesa.

E isso, supostamente, é uma coisa boa.

Porém, mais estranho é saber que estão manipulando este indicador, considerado tão espontâneo.

Mas como forjar filas em diferentes lugares simultaneamente?

Isso é trabalho de um aplicativo chamado Surkus – clique aqui.

A função da ferramenta é criar um fator de popularidade instantâneo.

E funciona tanto para empresários do ramo, que contratam o serviço, como para quem forma as filas.

Neste caso, são os chamados “usuários” cadastrados pela plataforma.

Estas pessoas se alinham onde preferirem.

Basta fazer o login e consultar a área ao redor, em pontos identificados no Google Maps.

Trata-se de um “exército” de 150 mil pessoas em cinco cidades americanas.

Portanto, se vir filas em restaurantes de Nova York, Los Angeles, Chicago, São Francisco e Miami, desconfie.

Afinal, discrição é requisito para manter-se no chamado “crowdcasting”.

Você nunca vai saber quem é ator ou quem é cliente das casas mais “bombadas” destes destinos.

Vale a pena participar deste mico?

Em tempos bicudos, pode ser um reforço na renda.

Cada figuração paga até 100 dólares, mas cachês de 25 a 40 dólares são mais comuns.

Mulheres ganham significativamente mais.

Usuários mais ativos podem ganhar até 4 mil dólares por ano.

Pode ser também imensamente divertido.

Afinal, enquanto aguardam para ter bons momentos, ninguém sabe quem é ator ou quem é cliente.

Neste caso, há elementos de mistério e disposição para o inesperado que são excitantes.

Desde que, é claro, a comida e o serviço correspondam às expectativas.

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