A dieta dos cruzados

Cada vez mais se come menos carne. Entretanto, o alimento está ligado à história de uma maneira indissociável. E pode ter sido determinante para a vitória dos cruzados na Idade Média.

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Será que você lembra da lição da escola?

As Cruzadas foram guerras incentivadas pela Igreja Católica, que levaram exércitos da Europa entre os anos 1096 e 1270 para tentar reconquistar Jerusalém, porém os muçulmanos se mantiveram firme na região após vários conflitos.

Sabemos que a duração e ferocidade da luta, que teve nove expedições ao longo de quase duzentos anos, foi garantida pela fé.

A novidade é que muito do entusiasmo dos soldados do lado europeu foi garantido pela dieta.

É o que releva um estudo do pesquisador israelense Gleb V. Zilberstein, publicado na revista científica Heritage.

Em uma escavação em Arsuf, local de um confronto entre os exércitos rivais, foram identificados restos de comida em pedaços de cerâmicas.

Com o uso de filme de acetato, foram extraídas evidências de proteínas nos fragmentos.

A partir da descoberta, foi determinado que a dieta dos cruzados consistia principalmente de carne de porco, cordeiro e queijo, com um mínimo de carboidratos.

Ou seja, basicamente o que descreve a dieta cetogênica (keto diet).

Enquanto isso, provas revelam que o exército muçulmano comia principalmente carboidratos, frutas e vegetais.

Com isso, os pesquisadores sugerem que isso significava que os “cruzados eram mais magros e mais ‘cardiovasculares’ do que os muçulmanos”.

E que isso pode ajudar a explicar por que alguns relatos registraram que o exército de Saladino perdeu dez vezes mais soldados do que o comandado por Ricardo Coração de Leão.

Curiosa sobre o que comiam outros guerreiros?

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